Saúde promove ações para diagnóstico precoce e prevenção da Aids no Dezembro Vermelho
A Secretaria de Estado da Saúde vai promover diversas ações de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que convivem com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Como parte da campanha do Dezembro Vermelho, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio das 22 Regionais de Saúde (RS), e em parceria com os municípios, vai promover diversas ações de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que convivem com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A campanha teve início neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ainda existe muito preconceito quando o assunto é Aids/HIV. “Sabemos que o preconceito existe e precisamos falar cada vez mais sobre o assunto para quebrar paradigmas sobre a doença”, disse.
“É preciso conscientizar a população de que a Aids/HIV é um problema de saúde pública global e apesar de não ter cura ou vacina, quando a pessoa é diagnosticada precocemente e faz o tratamento adequado e oportuno, pode ter uma melhor qualidade de vida”, afirmou.
No Paraná, o acesso ao tratamento e prevenção da Aids/HIV é disponibilizado gratuitamente pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Durante o ano todo são feitas testagens para o diagnóstico, distribuição de preservativos e tratamento com antirretrovirais, que além de tornar o vírus indetectável garante qualidade de vida ao paciente.
Segundo a chefe da Divisão de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sesa, Mara Franzoloso, a união de várias medidas preventivas é importante para conter a progressão da doença.
“Além das terapias antirretrovirais, também é importante o controle rigoroso dos bancos de sangue, difusão das informações corretas sobre a doença, medidas profiláticas que evitam a transmissão vertical e a distribuição gratuita de insumos de prevenção, como preservativos, testes rápidos e leite fornecido pelo Estado para crianças que nascem de mães com o HIV”, alertou.
AÇÕES – No próximo sábado (3), em Cornélio Procópio (18ª RS), no Norte, haverá distribuição de folders orientativos, preservativos e testagem rápida, no coreto do calçadão da cidade. Na 19ª RS (Jacarezinho), no Norte Pioneiro, o município de Conselheiro Mairinck fará mobilização ao lado da prefeitura na sexta-feira (9); no dia 20 de dezembro acontecerá na entrada da cidade de Figueira (Norte Pioneiro) uma blitz com a distribuição de preservativos e folders informativos sobre as ISTs.
Em Pranchita, no Sudoeste (8ª RS), do dia 5 ao dia 9 de dezembro serão disponibilizados testes rápidos nas empresas. A 22ª RS, de Ivaiporã (Vale do Ivaí), vai intensificar a testagem rápida com horários estendidos em toda rede da Atenção Primária à Saúde (APS).
“Diversas ações estão sendo realizadas em parceria com as 22 Regionais de Saúde e os municípios durante todo o mês de dezembro. São orientações, palestras, capacitações e testagens rápidas oferecidas em pontos centrais para maior acesso da população”, acrescentou Mara.
Nesta quarta-feira (30), a Sesa promoveu em Curitiba, na Boca Maldita, uma mobilização em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Na ocasião, além da entrega de folders, também foram distribuídos mais de 4 mil preservativos, 100 autotestes e realizados 126 testes rápidos. Destes, dois resultados foram positivos para o HIV. A ação aconteceu também em outros municípios do Estado.
DADOS – Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 38 milhões de pessoas no mundo convivem com o vírus ou a doença. Em 2021 foram notificados 1.016 casos de Aids em adultos e 644 pessoas morreram em decorrência da doença no Estado. Este ano, houve 635 novas notificações. Os dados são do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (Sinan).
Por HIV, quando a pessoa apresenta o vírus, mas ainda não desenvolveu a doença, em 2021 foram registrados 2.266 casos novos em adultos e 313 em gestantes. Neste ano, dados preliminares mostram que existem 1.652 novas notificação para o HIV.
A maior concentração de casos de HIV/Aids está na faixa etária de 15 a 39 anos, sendo em média três do sexo masculino para um do sexo feminino.
Agência Estadual de notícias