Líder nacional em doação de órgãos, Paraná lança campanha de conscientização
3 min de leituraO Governo do Paraná lança uma campanha para incentivar a doação de órgãos nesta quarta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos. O vídeo foi feito pela Secretaria de Estado da Comunicação, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, e será veiculado às 10 horas nas redes sociais da administração estadual. A data é simbólica para conscientizar as famílias paranaenses sobre a importância da doação para salvar vidas.
A doação é realizada somente mediante autorização da família e, por isso, a pessoa deve avisar os familiares da vontade de se tornar doador. Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões podem ser doados. Um único doador pode salvar até oito vidas. Qualquer pessoa pode doar. A doação de rins ou parte do fígado pode ser feita em vida, para um familiar próximo. Quando esse tipo de doação for para uma pessoa não pertencente à família, é necessário uma autorização judicial.
De acordo com dados do relatório semestral da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Paraná é o estado com maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023. Foram registrados 243 doadores de janeiro a junho, o que garantiu a posição de liderança no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido por Santa Catarina, com 41,5 pmp, Rondônia, com 30,4 pmp, e Ceará, na marca das 27,5 pmp. A taxa de doações no Brasil ficou em 19 pmp.
Foram 243 transplantes de rim no primeiro semestre, o que representa 42,5 doadores por milhão (pmp), terceiro melhor resultado do País na média, atrás apenas de Distrito Federal (49 pmp) e Rio Grande do Sul (49,1 pmp). Em relação aos transplantes de fígado, foram 147 no Paraná (2ª colocação em números gerais), o que representa média de 25,7 pmp, atrás somente do Distrito Federal, que registrou 44,7 pmp. Entre janeiro e junho também foram realizados 19 transplantes de coração no Paraná, em procedimentos similares ao do apresentador Faustão.
Segundo um levantamento recente do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), cerca de 3,5 mil pessoas esperam por um transplante no Paraná. A fila é maior para quem necessita de um rim – são 1.937 pacientes. Na sequência, estão 1.278 pacientes que aguardam por um transplante de córnea, além dos que esperam por transplantes de fígado (244), coração (29), rim/pâncreas (24) e pulmão (20).
Quem garante o bom funcionamento dessa rede de esperança é o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), uma estrutura complexa capitaneada pela Central Estadual de Transplantes, que funciona como o cérebro da operação.
A espinha dorsal é composta ainda pelas Organizações de Busca por Órgãos, que são quatro no Paraná (Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá); pelos hospitais – 70 que ajudam a identificar possíveis doadores e 50 que atuam efetivamente na realização de transplantes; quatro bancos de tecidos, córneas, válvulas cardíacas, peles e ossos; além dos laboratórios de compatibilidade, que realizam os exames de compatibilidade entre doador e receptor. Ainda participam dessa força-tarefa, quando acionadas, as regionais de saúde e a Casa Militar.
Um dos trunfos do Paraná para se destacar nessa área está justamente na capacidade de ir mais longe e em menos tempo para ligar as duas pontas dessa atividade delicada: a captação e o efetivo transplante do órgão. Com quatro aeronaves – três aviões e um helicóptero – à disposição, o Estado tem flexibilidade, agilidade e alcance para missões de transporte de órgãos a longas distâncias.