22/12/2024

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Operação conjunta articulada pelo MPPR constatou diversas irregularidades em associação de proteção animal de Londrina

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Operação realizada pelo Ministério Público do Paraná, em parceria com outras instituições, constatou inúmeras irregularidades em uma associação de proteção animal localizada em Londrina, no Norte Central do estado. A ação teve a participação da 20a Promotoria de Justiça de Londrina, de agentes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo (CMTU), da Secretaria Municipal do Ambiente e do Instituto Água e Terra (IAT), além de policiais militares da 2ª Companhia do Batalhão de Polícia Ambiental (Força Verde), que cumpriram mandado de busca e apreensão no estabelecimento. Para preservar a investigação, a operação, realizada no último dia 13, ocorreu sob sigilo, levantado apenas nesta semana.

A entidade vinha sendo investigada desde 2019. Ao longo dos anos, foi alvo de diversas ações de vistoria e fiscalização que inclusive resultaram na emissão de autos de infração e na aplicação de multa. Diante de denúncias de que o local continuava com problemas, o MPPR articulou a realização da operação, durante a qual foram constatados indícios de crimes ambientais, com a localização de restos mortais de diversos animais (entre ossadas e corpos em estágio de decomposição mais recente) enterrados ilegalmente no solo, dentro de sacos plásticos. A área onde estavam enterradas as carcaças foi embargada, e o IAT aplicou multa de R$ 40 mil.

Problemas – Entre as irregularidades encontradas, estão a precariedade e a inadequação das instalações físicas, a ausência de higienização dos abrigos e do local de atendimento dos animais doentes, a manutenção de animais machucados e com estresse, a oferta de alimentação inadequada e insuficiente, a existência de animais extremamente magros, alguns mantidos em locais isolados sem incidência de luz solar e sem espaço para movimentação, e a falta de separação dos animais doentes e saudáveis.

Ao longo dos anos, órgãos como o Ministério Público do Paraná, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e o Conselho Regional de Medicina Veterinária fizeram recomendações de melhorias no local. Algumas foram realizadas, mas ainda se mostraram insuficientes. Também foram constatadas irregularidades financeiras e administrativas na instituição, que recebeu repasses de verbas públicas que ultrapassaram a soma de R$ 3 milhões, mesmo sem atender às exigências formais para tanto.

Os elementos de prova colhidos na operação, bem como os objetos apreendidos (incluindo celulares, computadores e medicamentos vencidos), serão utilizados na continuidade das investigações que deverão levar à imputação cível e criminal dos responsáveis.

Fonte: MPPR

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