26/06/2025

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Diabetes: saiba como reconhecer a doença e evitar complicações à saúde

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O diabetes é uma doença silenciosa, mas suas consequências podem ser devastadoras. Com mais de 16 milhões de pessoas diagnosticadas no Brasil, o país ocupa o sexto lugar no ranking global de incidência do problema, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF). No Pará, cerca de 440 mil pessoas estão registradas com a condição, conforme dados do Ministério da Saúde. Contudo, cerca de 70% dos casos são identificados tardiamente, quando complicações graves já começaram a se manifestar. O Dia Nacional do Diabetes, celebrado nesta quinta-feira (26), visa chamar a atenção da sociedade para a importância da prevenção e da detecção precoce da doença.

O aposentado José Maria Melo, de 58 anos, morador de Belém (PA) , sabe bem o quanto é difícil enfrentar o diagnóstico tardio . Em 2017, ele descobriu a doença de forma traumática. Após um pequeno ferimento no dedo, uma i nfecção se espalhou rapidamente e , em poucas horas , a condição causou danos irreversíveis na vida dele . “Mexi no canto de unha de manhã e no início da tarde já estava putrificado. Fui internado e, por conta da gravidade, perdi o pri meiro dedo”, relembra . Desde então, ele passou por mais uma amputação e outros dois dedos foram removidos parcialmente – procedimento conhecido como ‘desligamento’ em função da morte do tecido.

Após o choque, o aposentado precisou mudar hábitos e cuidar melhor da saúde. “Nunca imaginei que algo tão simples, como um ferimento, pudesse virar um problema tão grande”, reflete. Por conta da doença, ele adotou uma alimentação mais saudável, começou a praticar exercícios físicos e passou a controlar os níveis de glicose para evitar novas complicações. “A transformação foi radical, mas nece ssária. Parei de beber e diminuí bastante o consumo de farinha nas refeições. Se eu não tivesse mudado, não sei onde estaria hoje”, revela.

José Maria é paciente do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), que integra o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA) e está vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Referência no tratamento da doen ça no Pará, a unidade oferece atendimento multidisciplinar e personalizado para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital paraense.

Para a endocrinologista Rafaela Miranda, que acompanha o caso do aposentado no hospital universitário federal, o diagnóstico precoce é necessário para evitar complicações graves. “Quando a glicemia está muito alta, surgem sintomas como sede excessiva, aumento da frequência urinária, feridas que demoram a cicatrizar e infecções recorrentes. Outro sinal de resistência à insulina são manchas escuras na região do pescoço, que eventualmente coçam. Se alguém perceber esses sinais, deve procurar um médico imediatamente”, orienta a especialista.

Aumento expressivo no número de casos

O diabetes tipo 2, que afeta 90% dos diabéticos no Brasil, é frequentemente desencadeado por fatores como sedentarismo, obesidade e alimentação inadequada. Esta variação do problema ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou não produz insulina suficiente, o que leva ao aumento dos níveis de glicose no sangue. Já o diabetes tipo 1, uma doença autoimune, ocorre quando o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas.

Nos últimos 25 anos, os casos de diabetes aumentaram 403% no Brasil , reflexo das mudanças no estilo de vida da população , como o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo. Quando não controlada, a doença pode causar problemas cardiovasculares, perda de visão, neuropatia (danos a os nervos , com sintomas como dor, formigamento e até dificuldades motoras) e o temido pé diabético, que pode resultar em amputações .

Medidas de prevenção

A boa notícia é que o diabetes tipo 2 pode ser prevenido e controlado com mudanças no estilo de vida. A endocrinologista Rafaela Miranda destaca três medidas indispensáveis para evitar o desenvolvimento da doença. A primeira é a prática regular de atividade física. “São recomendados 150 minutos de exercício leve ou moderado por semana, o que pode ser feito com caminhadas, natação ou outras atividades que aumentem a frequência cardíaca. O exercício regular ajuda a controlar os níveis de glicose e diminui o risco de complicações”, explica a médica.

Além disso, a mudança na dieta é fundamental. “A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes, o que equivale a cerca de 400 gramas por dia. A ingestão de alimentos ricos em fibras auxilia no controle da glicemia e melhora a saúde geral”, afirma.

Por fim, manter um peso saudável é indispensável. “Para aqueles com sobrepeso ou obesidade, a redução de 10% do peso corporal pode trazer benefícios significativos. Essa redução pode ocorrer gradualmente, ao longo de seis meses, por exemplo “, recomenda a endocrinologista.

Serviço

Caso haja suspeita de diabetes ou a necessidade de acompanhamento especializado, o primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. O médico clínico da UBS realizará a avaliação inicial e, se necessário, encaminhará o paciente para o Hospital Universitário João de Barros Barreto, por meio do sistema de regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). O atendimento será realizado com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, garantindo um cuidado personalizado e adequado às necessidades do paciente.

Sobre a Ebserh

O CHU-UFPA faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Fonte: Agência Gov | Via Ebserh
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